quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Obrigado e obrigada - cumprimentos e comprimentos

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 tem sido usado como a desculpa mais célere para os erros de português. Todavia, os problemas mais comuns e recorrentes não resultam, maioritariamente, das alterações introduzidas pelo supracitado Acordo.

Basta ler jornais, ver televisão, passear pela rua ou abrir um qualquer folheto publicitário para vermos vários erros ortográficos e sintáticos (deixemos de fora as gralhas, por vezes bem engraçadas). Na linguagem oral, os erros são ainda mais frequentes, mas, até certo ponto, menos graves, pois o emissor tende a ser espontâneo e a rapidez do raciocínio faz com que não haja grande preocupação formal ou até estética com a linguagem.

Hoje, falamos de “obrigado/obrigada” e de “cumprimentos/comprimentos”, tantas vezes mal usados.
As mulheres devem usar o feminino, pois trata-se de um adjetivo (particípio passado do verbo latino obligareobligatu) que deve concordar em género e em número com o sujeito. Os homens devem dizer sempre “obrigado”. Menos comum, mas possível, é o uso do plural “obrigados” (usado por um grupo de falantes do sexo masculino ou feminino e masculino) e “obrigadas” (usado por um grupo de falantes do sexo feminino).

No que concerne a “cumprimentos” (felicitações; saudações in http://www.infopedia.pt), talvez já tenha recebido cartas ou mensagens eletrónicas com a grafia errada - “comprimentos” (extensão longitudinal entre duas extremidades – in http://www.infopedia.pt). Nesta fórmula de despedia, e noutras semelhantes, é habitual usarmos a vírgula a seguir, antecedendo a assinatura, mas podemos usar o ponto, seguindo-se a assinatura.

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